10 junho 2006

Decreto de parágrafo único e irrevogável.

A partir de hoje não terei mais do que três ou quatro amigos. Será assim porque é assim que deve ser. Não confiarei em ninguém que diga ter vários amigos, serão taxados como mentirosos, carentes ou talvez (talvez) ingênuos. Mas não passarão disso.

Só será meu amigo aquele foi aprovado pelo pouco, e pelo mais importante: Aquele sabe ler a alma, e é revestido de humanidade sob o meu ponto de vista única e exclusivamente.

Viverei carregado de hipocrisia para que a política da boa vizinhança seja estabelacida com todos os outros.

O ato do perdão será daqui por diante dado juntamente com um carimbo de “persona non grata, analfabeto de almas”.

Não me incomodarei mais com atitudes “filho da puta”, ou ingenuidade maldita que preujudica o inocente. Serei apático, qdo o opressor me arguir sobre a questão, mas serei ainda cheio de senso de justiça para o necessitado. Mas não passarão de palavras não mais de duas ou três.

Não me sentarei a mesa qdo não quiser, e não ligarei se brincando ironicamente me taxarem disso ou daquilo. E quando estiver sentado a mesa, estarei ali somente por causa de um ou dois no máximo, nunca por causa de todos.

Lutarei para ser ser simples a cada dia.

Mas aos meus amigos (os bem poucos) serei o que for preciso, mas sobretudo lerei as almas e serei humano. Só a esses serei assim. Farei coisas grandiosas, que todos deviam saber que não servem de nada.
Mas me esforçarei em silêncio para fazer coisas simples e imperceptíveis que alimentarão em silêncio a chama da boa amizade.

Ler as almas não será uma estratégia ou obrigação, será a consequência inevitável do encontro de pessoas que se merecem amigos, pela percepção do olhar, pela manutenção da alegria e sobretudo pela leitura da alma.

Só será meu amigo que atender esses pré-requisitos.

A todos os outros, sempre que precisarem de mim, verão no estender das minhas mãos a mão amiga, mas o que verdadeiramente lhes estarei oferencedo não passará de compaixão humana, será a hipocrisia travestida de humanidade. Muitos ou quase todos não perceberão a diferença, que bom será se isso acontecer.

Se algum dia no hospital forem me visitar, ou ainda se o sangue ou algum orgão me doarem ou fazerem qualquer ato heróico por mim, eu agradecerei, poderei até chorar de emoção, mas ainda sim não serão meus amigos. Só aqueles que leêm almas terão o privilégio do meu abraço e minha gratidão que será devolvida e bem compreendia pelo olhar de quem lê a alma.

Quando eu precisar de alguma ajuda ligarei primeiramente para os amigos que leêm a alma, mas se não conseguir falar com eles eu não hesitarei e chamerei qualquer outro que se julgue meu amigo que sei que me ajudará e será um ótimo companheiro para aquele momento dificil, mas de forma nenhuma será meu amigo pois não lê almas. E quando ele se for, lhe serei grato terei uma divda com ele. Mas ainda sim não passará disso.

Se me considera como seu amigo, o problema é só seu. Não quero considerações nem uma multidão no meu velório, basta apenas aqueles três ou quatro amigos verdadeiros. Caso eu esteja muito gordo no dia da minha morte, você poderá ir no velório, dessa forma aliviará a carga dos meus amigos revezando no carregar do caixão. Pois só para isso mais uma vez me servirá.


By Fino

2 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Sabe, realmente vc se supera sou tua fã. Não sei se leio almas mas.............vc sabe.

6:57 PM  
Anonymous Anônimo said...

Eu só li hoje. Pq só leio qdo tô realmente a fim, e não leio por ler. E qdo quero falar algo realmente significativo como: VAI SE FODER. Te amo.

4:02 PM  

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